por Nilma Lino Gomes
Faculdade de Educação da UFMG

“Construir uma identidade negra positiva em uma sociedade que, historicamente, ensina aos negros, desde muito cedo, que para ser aceito é preciso negar-se a si mesmo é um desafio enfrentado pelos negros e pelas negras brasileiros(as).

Será que, na escola, estamos atentos a essa questão? Será que incorporamos essa realidade de maneira séria e responsável, quando discutimos, nos processos de formação de professores(as), sobre a importância da diversidade cultural? “

“Quanto mais a sociedade, a escola e o poder público negam a lamentável existência do racismo entre nós, mais o racismo existente no Brasil vai se propagando e invadindo as mentalidades, as subjetividades e as condições sociais dos negros”

Protagonista de uma extensa luta pela igualdade racial, Nilma Lino Gomes é pedagoga, professora titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.

Presidiu a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), integrou de 2010 a 2014 a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, e em 2013 tornou-se a primeira reitora negra de uma universidade federal no Brasil ao tomar posse na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

Foi ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em 2015, e ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos do governo de Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016.

Neste texto, a autora discute por meio do diálogo entre a produção acadêmica e os movimentos sociais, termos e conceitos-chaves como a identidade, identidade negra, raça, etnia, racismo, etnocentrismo, discriminação racial e democracia racial, assim como o papel da cultura, da história, da sociedade e da educação para abordar as relações raciais no Brasil.

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