Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango, Belo Horizonte, MG

Disciplina: Pensamento e ação comunicacional em comunidades tradicionais (2017/1)

Makota Kidoiale é filha carnal de Mãe Efigênia Maria da Conceição (Mametu Muiandê), fundadora do Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango, comunidade tradicional de matriz africana de nação bantu localizada no bairro Santa Efigênia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Como militante, mulher negra, liderança quilombola e de terreiro de axé, ela tem experiência na articulação e mobilização de diferentes seguimentos representativos da população afro-descendente de Belo Horizonte – capoeira, Umbanda, Reinado, Candomblé, quilombos – em torno das lutas por igualdade racial, contra a intolerância religiosa e todas as formas de discriminação. Kidoiale é presidente da Associação de Resistência Cultural da comunidade quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, certificada via autorreconhecimento como Remanescente de Quilombo pela Fundação Palmares no ano de 2004. Também é diretora de mobilização do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB). Atua ainda como coordenadora cultural do Projeto Kizomba, iniciativa sociocultural desenvolvida por membros do Manzo e direcionada para as crianças e jovens negros, associando capoeira, canto, dança, percussão, estética e identidade étnico-racial. Deste modo, a trajetória de Kidoiale encontra-se estreitamente ligada à luta pelas ações afirmativas, ao combate à intolerância, ao racismo e ao preconceito, bem como à busca pelo reconhecimento e valorização da diversidade religiosa afrobrasileira, dentro do terreiro e fora dele. Sua atuação e capacidade de articulação política têm se tornado visível a partir da sua participação em diversos espaços públicos e projetos, nos quais ela vem contribuindo de maneira decisiva para apontar alternativas na construção de um novo olhar com relação à diversidade e à diferença. Participou como assistente de Mametu Muiandê na UFMG em 2016 e 2017 na disciplina “Catar folhas: saberes e fazeres do povo de axé”; e como mestre em 2017 na disciplina “Pensamento e ação comunicacional em comunidades tradicionais”.

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