É com alegria que anunciamos a participação na Mostra Especial Novembro Negro UFMG 2021!

Na mostra, disponibilizamos Retratos, Cantos e Documentários para serem vistos online no site do evento durante o mês de Novembro!

“Quem sabe, se a academia abandonar os seus preconceitos e considerar as variadas visões de mundo dos povos e suas formas de interagir no mundo, não iremos encontrar chaves para abrir portas, como abriram muitas portas nossos antepassados para que a gente pudesse chegar onde chegamos? A gente pode abrir muitas portas para as gerações futuras para que elas possam entender mais do que entendemos hoje.”

Valdina Pinto. Meu caminhar, meu viver, p. 161.

Resultante do Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG, a mostra audiovisual Saberes Tradicionais vai integrar a programação do Novembro Negro até o fim do mês.

Desde 2014, no esforço de criar práticas pluri-epistêmicas de ensino e pesquisa, dezenas de mestras e mestres das culturas afro-brasileiras, indígenas e populares foram acolhidos para ministrar disciplinas oferecidas a todos os cursos de graduação. Em consonância com a atenta escuta que essas disciplinas exigem, criamos diferentes formatos audiovisuais  – Videoaulas, Documentários, Retratos e Cantos – que buscam colocar em cena o encontro entre os saberes tradicionais e o conhecimento acadêmico.

Todo esse trabalho vem sendo desenvolvido de modo partilhado entre professores, alunos e mestres tradicionais, num esforço metodológico conjunto de aprendizado e realização audiovisual. O resultado desse trabalho, feito de registros diversos, pode ser acessado em nosso site: www.saberestradicionais.org

Em seus diferentes formatos e com a peculiaridade de seus recursos expressivos, os vídeos documentam as complexas formas de sistematização e de transmissão – predominantemente orais – dos saberes produzidos pelas culturas tradicionais (indígenas, afro-brasileiras e populares) e que nem sempre encontram formatos adequados no âmbito das publicações impressas.

Em contraste com a mono-episteme eurocêntrica, eles trazem, sob o signo do múltiplo, a palavra viva e os modos singulares de enunciação do discurso protagonizado pelas mestras e mestres dos saberes das comunidades tradicionais 1. O Programa também contribui assim para o ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira, tornado obrigatório pela lei 10.639/03.

Estamos muito contentes de apresentar e comentar, em uma mostra especial, uma parcela significativa de nossa produção audiovisual. Agradecemos vivamente à curadoria do Novembro Negro, que nos proporcionou essa preciosa oportunidade.

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