É com alegria que compartilhamos com vocês a Mostra Jardins do Sagrado, na qual vamos exibir uma série de 9 filmes que realizamos com mestras e mestres dos saberes tradicionais sobre as relações entre plantas e espiritualidade, além do longa O encantar das folhas que montamos a partir desse material, que será exibido em forma de Work in Progress, e do lançamento do livro: Jardins dos Sagrado: Cultivando insabas que curam.
A mostra acontece entre os dias 05 e 14 de abril de 2024, no Cine Santa Tereza, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, e se soma à programação do X Colóquio Cinema, Estética e Política, organizado pelo Grupo de Pesquisa Poéticas da Experiência, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG. Veja a programação a seguir.
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 34′
Sessão comentada com Iyá Ewé Angela Gomes e José Jorge de Carvalho
Lançamento da Série e do Livro: Jardins do Sagrado | Cerimônia PBH
Sinopse
Iyá Ewé Angela Gomes, a “Cuidadora das Plantas”, adentra a mata do Parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte, e, entre a pitangueira de Oxóssi e o riacho de Oxum, ela, que é filha de Lògún Edé, faz cantos e saudações às entidades ali presentes, enquanto fala sobre seu aprendizado da Ecologia dos Orixás.
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 78′
Sessão comentada com César Guimarães, Pedro Aspahan e mestres convidados
Sinopse
O filme acompanha rituais e cantos de saudação às plantas, árvores, folhas e entidades a elas associadas, e apresenta as profundas relações entre espiritualidade e natureza em diferentes culturas brasileiras, passando pelas vertentes do Candomblé Jeje, Ketu e Angola, pela Umbanda e pela cosmovisão de mestras indígenas do Vale do Jequitinhonha (Povo Pankararu) e da Amazônia (Povo Tikuna), nos ensinando sobre a defesa que os povos tradicionais fazem da natureza e de seus Encantados, sobre os direitos dos seres não humanos e vegetais, e nos mostrando que cada planta tem o seu espírito.
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 42′
Sinopse
A “cobra protetora das pedras brancas” é a tradução do nome de Toá Canynã, do povo Pankararu, no Vale do Jequitinhonha. Ao lado da água que corre, ela convoca os Encantados com seu maracá e nos conta a história do seu povo, que surgiu das cavernas subterrâneas do rio São Francisco e veio atravessando o tempo, em defesa da natureza, do território e de todos os seres que o habitam, sejam animais, vegetais, minerais, humanos, não-humanos e entidades espirituais.
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 48′
Sessão comentada com Toá Canynã Pankararu e Yalorixá Ione Ty Oyáa
Sinopse
A Yalorixá Ione Ty Oyáa, semente de sua matriarca, Vanda de Oliveira, nos recebe no Quilombo Mangueiras. Entre a maceração das folhas e os cantos para Oxalá, ela nos ensina a escutar o vento – que traz a voz dos ancestrais – e que nos diz se é hora de avançar na mata para apanhar as folhas sagradas ou se é hora de se recolher.
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 50′
Sinopse
Pai Ricardo, Zelador de Umbanda da Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente, prepara uma oferenda sobre uma folha de chapéu de couro, regada a mel, no pé de uma árvore. Ele faz o Paó, saudando as entidades e pedindo licença. Ao apanhar as folhas e cantar para elas – encantando-as e sendo, por elas, encantado – ele nos conta que é preciso, não só construir um jardim de folhas sagradas, mas oferecer as condições para que ele surja.
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 46′
Sessão comentada com Pai Ricardo e Pai Geraldo
Sinopse
A lâmina d’água reflete o corpo de Tat’etu Jalabo, que caminha entre as árvores do Parque das Águas. Ele conta como foi reconhecido em Angola como um ancestral que retornara à sua aldeia natal. Ele narra o mito de origem do universo, passando pelo Big Bang e pela origem de todos os Inquices, e também descreve o encontro entre as águas (Angorô) e as árvores (Katendê).
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 68′
Sessão comentada com Darupü’üna
Sinopse
Caminhando entre as árvores do Parque Lagoa do Nado, em Belo Horizonte, Darupü’üna, do povo indígena Tikuna, da Amazônia, nos ensina, entre cantos e rituais, que cada planta tem o seu espírito, e que é preciso ter o merecimento para ter acesso à cura oferecida pelas plantas.
Os professores André Brasil e César Guimarães nos guiam por uma cronologia das edições do Colóquio Cinema, Estética e Política destacando questões aglutinadoras, filmes e reflexões que marcaram suas dez edições.
Rivane Neuenschwander | Cao Guimarães | Brasil | 2001 | 08′
Sinopse
O vídeo trata da comunicabilidade: o estranhamente organizado universo das formigas se depara com dois objetos estranhos. Falar e comer: tudo passa pela boca.
Rivane Neuenschwander | Sérgio Neuenschwander | Brasil | 2010 | 05′
Sinopse
O vídeo trata da comunicabilidade: o estranhamente organizado universo das formigas se depara com dois objetos estranhos. Falar e comer: tudo passa pela boca.
Rivane Neuenschwander | Mariana Lacerda | Brasil | 2023 | 28′
Sinopse
Eu sou uma arara é o resultado de um longo período de pesquisa e de uma série de ações em São Paulo que fizeram desfilar pelas ruas da cidade, como uma floresta densa e potente, dezenas de figuras inspiradas na fauna e flora brasileiras numa chamada de atenção para a destruição do meio-ambiente e o genocídio da população indígena. Durante mais de um ano, o número de ativistas, artistas e amigos que aceitaram juntar-se a este movimento vestindo figurinos de animal, planta, fungo ou qualquer outro elemento dos diversos tipos de biomas do país, foi crescendo em número e complexidade, colorindo e animando as várias manifestações que aconteceram ao longo do último ano. Num cenário de urgência ambiental e climática, através destes bichos denunciava-se uma política de ecocídio, lembrando que este é o caminho para a autodestruição da Humanidade.
Rivane Neuenschwander conversa sobre os filmes com o professor Eduardo de Jesus
Tiago B. Mendonça | Brasil | 2020 | 16′
Sinopse
Dadinho, um velho sambista da Camisa Verde e Branco, é levado por sua neta ao enterro de seu irmão, sambista da Vai-Vai. Nesse percurso, uma história de rivalidade, samba e traição emerge do passado.
Tiago B. Mendonça | Brasil | 2021 | 106′
Sinopse
Seis sambistas paulistanos sonham em ser descobertos na noite, alternando dias em serviços precários e madrugadas na busca por um caminho no mundo da música.
Cristina Amaral conversa com o professor Pedro Aspahan sobre os processos de montagem dos filmes.
Apresentação da Série “Jardins do Sagrado” com os professores Pedro Aspahan e César Guimarães
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 78′
Sinopse
O filme acompanha rituais e cantos de saudação às plantas, árvores, folhas e entidades a elas associadas, e apresenta as profundas relações entre espiritualidade e natureza em diferentes culturas brasileiras, passando pelas vertentes do Candomblé Jeje, Ketu e Angola, pela Umbanda e pela cosmovisão de mestras indígenas do vale do Jequitinhonha (Povo Pankararu) e da Amazônia (Povo Tikuna), nos ensinando sobre a defesa que os povos tradicionais fazem da natureza e de seus encantados, sobre os direitos dos seres não humanos e vegetais, e nos mostrando que cada planta tem o seu espírito.
Exibição comentada pelos diretores seguida da distribuição do livro “Jardins do Sagrado”
Ariel Kuaray Ortega | Ernesto de Carvalho | Brasil | 2023 | 130′
Sinopse
Em uma pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina, todos conhecem o nome Canuto: um homem que muitos anos atrás sofreu a temida transformação em uma onça e depois morreu tragicamente. Agora, um filme está sendo feito para contar a sua história. Por que isso aconteceu com ele? Mas, mais importante, quem na aldeia deveria interpretar o seu papel?
Ernesto de Carvalho conversa com o professor André Brasil e a audiência sobre o filme.
Andrea Tonacci | Brasil | 2006 | 135′
Sinopse
O ponto de partida é o massacre realmente acontecido de uma tribo indígena por brancos que cobiçam suas terras. O índio Carapiru escapa da matança, torna-se nômade e perambula pela mata durante dez anos. Encontrado em 1987 estava a 2 mil quilômetros do lugar em que sua família foi dizimada. Para contar essa história entre a ficção e o documentário, o filme escala os personagens reais para reconstituir o trajeto de Carapiru depois do massacre de sua família.
Cristina Amaral dialoga com o professor César Guimarães sobre o filme e sua montagem.
Lançamento do livro “Sem terra não tem cinema” de Isael Maxakali (Belo Horizonte: NPGAU/UFMG, 2024). Dossiê sobre a vida e a obra de Isael Maxakali, apresentado quando da concessão do título de Doutor em Comunicação Social por Notório Saber pela UFMG.
Filme em processo: Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá
Sueli Maxakali | Isael Maxakali | Roberto Romero | Luisa Lanna | Brasil | 2024 | 120′
Sinopse
“Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá” é um documentário em processo sobre a busca de Sueli Maxakali pelo pai, Luis Kaiowá, de quem foi separada durante a ditadura militar no Brasil. O filme acompanha a jornada da cineasta para reencontrar o pai, bem como as lutas enfrentadas pelos povos indígenas Tikmũ’ũn e Kaiowá em defesa de seus territórios e modos de vida.
Luciana Oliveira conversa com Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Luisa Lanna e Roberto Romero sobre o filme.
Virgínia de Medeiros | Brasil | 2007-2022 | 50′
Sinopse
Simone é uma travesti que cuida de um minadouro natural – A fonte da Misericórdia – como um santuário para culto de orixás. Sérgio é um pastor evangélico que se considera um dos enviados por Deus “para salvar a humanidade”. Simone e Sérgio, ou Sérgio e Simone, são duas identidades da mesma pessoa. Em 2006, Virginia de Medeiros conheceu Simone, que morava na Ladeira da Montanha, uma das mais degradadas áreas da cidade de Salvador. Interessada pelos habitantes daquele local, a artista começou a documentar em vídeo aspectos da rotina de Simone. Cerca de um mês depois da primeira filmagem, Simone teve uma convulsão por conta do uso de crack, seguida de um delírio místico no qual acreditou ter se encontrado com Deus. Após esse momento em que “morreu de overdose”, Simone recuperou o nome de Sérgio, convencida de que outra missão religiosa, ao lado de Jesus. Sérgio, então, narra para a câmera da artista sua história de transformação e sua nova identidade. Oito anos depois, em 2014, Medeiros retoma o contato com Sérgio, que, em breve recaída, se tornou pai de santo e criou seu próprio terreiro de candomblé, no qual assumiu ambas identidades, Sergio e Simone,. O conjunto de imagens documentadas reflete a complexidade desse constante processo de transformação corporal e espiritual sobre a paisagem de uma cidade onde duas religiões conflituam. Sugere ainda a dificuldade de configurar uma outra exigência em uma sociedade binária, ou seja, que por via da discriminação exige que sejamos um coisa ou outra.
Virginia de Medeiros conversa com o professor Érico Oliveira e a audiência sobre o filme.
Joana Pimenta | Adirley Queirós | Brasil | 2022 | 150′
Sinopse
Na favela de Sol Nascente, na Ceilândia, a principal moeda de troca entre grupos inimigos é o petróleo. Chitara, grande gasolineira da região, tenta fidelizar a clientela junto ao seu poço particular com a ajuda da irmã. Quando o Brasil se torna mais conservador e ameaça votar na extrema-direita, o posicionamento de Chitara se transforma em um ato político.
Cristina Amaral e Cláudia Mesquita comentam a montagem do filme
Adirley Queirós conversa com a professora Cláudia Mesquita e os mestrandos Renan e Carolina sobre seu novo filme “Grande sertão: quebradas”
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 55′
Sessão comentada com Humbono Misiò Luiz Fernando
Sinopse
Em uma visita ao Parque Lagoa do Nado, em Belo Horizonte, Humbono Luiz, descendente do culto iniciado por Gayaku Luiza, se emociona ao encontrar Azanadô (a paineira), Vodum que é a origem de tudo. A seus pés mora Adangbé, a serpente que engole o próprio rabo, o fim e o princípio. Ele fala de sua iniciação no candomblé do povo estrangeiro, o Jeje, canta e coleta as folhas sagradas.
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 72′
Sessão comentada com Babalorixá Sidney d’Oxóssi
Sinopse
O Babalorixá Sidney d’Oxóssi passeia pela Estação Ecológica da UFMG e encontra as plantas dos Orixás: uma árvore de Exu, a Jaqueira onde Oxóssi se alimentou, o Sangue Lavou de Xangô e o Peregun de Ogum e Oxóssi. A cada encontro, ele faz um canto de saudação. Ele conta a sua história e a do seu terreiro, e explica porque sem folha não há Orixá.
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 63′
Sessão comentada com Mam’etu Muiandê e Makota Kidoialê
Sinopse
Diante da entrada da Mata da Baleia, Mam’etu Muiandê, matriarca do Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango, dá início a um ritual para pedir licença aos Inquices e nos levar a um terreiro de Umbanda no interior da floresta. Ela lança o Makaso – que se abre –, oferece cachaça e fumo, faz uma oferenda para Katendê, Inquice das folhas. Os animais vêm a receber. Ela nos conduz para o meio do mato, onde nos contará a sua história e a da sua Casa.
Lançamento do livro Quilombola: Lamento de um Povo Negro da Mestra Maria Luiza Marcelino, pela…
fotos por Pedro Aspahan Serra do Padeiro, BA É com enorme alegria que publicamos hoje…
Neste segundo semestre de 2024, ofereceremos três disciplinas pelo Programa de Formação Transversal em Saberes…
É com alegria que anunciamos que nosso longa "O Encantar das Folhas" (dir. César Guimarães…
É com alegria e enorme honra que anunciamos que nosso longa "O Encantar das Folhas"…
César Guimarães | Pedro Aspahan | Saberes Tradicionais UFMG | 2024 | 76' https://www.youtube.com/watch?v=fMK5zaL7JDM&ab_channel=SaberesTradicionaisUFMG SinopseO…