Boletim Saberes Tradicionais UFMG #11 |
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Em apoio às Comunidades Tradicionais em meio à Pandemia
Conhecimentos de Luta e de Cura |
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Diante da omissão do Estado e dos ataques do atual governo aos seus direitos, as comunidades tradicionais aliam as prescrições da saúde aos saberes ancestrais e aos cuidados cotidianos para enfrentar, coletivamente, a pandemia do Covid-19. Este boletim divulga campanhas em apoio a esses povos e faz circular – por meio do depoimento de mestres e mestras indígenas, quilombolas e dos terreiros de axé – as soluções materiais e espirituais que eles criam nos territórios onde vivem. |
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#Rede de Proteção A mensagem das mestras e mestres dos Saberes Tradicionais para lidar com a pandemia |
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Festival de Inverno da UFMG
Bem Comum e Encontro de Saberes |
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O ano era 2012 e estávamos em Diamantina, professores, arquitetos, ativistas, artistas, lideranças e xamãs indígenas, mestres das tradições afro-brasileiras do Reinado, do Candomblé e da Umbanda. No 44º Festival de Inverno da UFMG, diante do chamado pelo bem comum, experimentamos um espaço de diálogo entre saberes tradicionais, populares e acadêmicos. Na trilha aberta pelo Encontro de Saberes do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa (UnB), aquele Festival foi originário de nossa formação transversal na UFMG. Neste vídeo, realizado como parte das atividades do 44º Festival, o grupo de RAP Bro MC’s, que nos ofereceu, naquela ocasião, um memorável show, caminha pelas ruas da cidade histórica a entoar sua música de protesto Tupã, junto a Edgar Correa Kanaykõ Xacriabá e Alessandro Santos Pataxó. |
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#Rede de Solidariedade Faça parte da rede de solidariedade para que recursos emergenciais cheguem a quem precisa. |
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Apoio à Campanha Emergencial Guarani Kaiowá
#1. Bro MC’s em apoio ao seu povo |
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Os Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul formam a segunda maior população indígena no País. Sua reservas e retomadas vivem graves problemas de insegurança alimentar e abastecimento de água e enfrentam uma situação histórica de expropriação de suas terras, assassinatos contratados por fazendeiros da região e discriminação. Tudo isso se agrava drasticamente com a chegada do Corona Vírus nas comunidades. Em uma live realizada no último dia 13, os Bro Mc’s, primeiro grupo de RAP indígena do Brasil, denuncia: “O homem branco traz doença, dizimou nosso povo, causou nossa miséria (...) Mais de quinhentos anos, uma ferida que não cicatriza.” |
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Campanha Quilombola
#2. Rede Quilombola da Região Metropolitana de Belo Horizonte |
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A Rede Quilombola da Região Metropolitana de Belo Horizonte continua sua campanha em apoio às comunidades em situação de vulnerabilidade acirrada pela pandemia. A campanha atenderá principalmente as demandas do Quilombo de Pontinha, em Paraopeba (MG). Tendo como principais fontes de renda a venda do minhocuçu, espécie de minhoca utilizada por pescadores, a comercialização de cultivos agrícolas e artesanatos, além do trabalho sazonal nas fazendas do entorno, a Comunidade de Pontinha foi drasticamente impactada pelo desastre-crime de Brumadinho, em 2019, com a contaminação do rio Paraopeba. O contexto de distanciamento social desencadeado pela pandemia e a ausência de políticas públicas de amparo tornaram ainda mais difícil a manutenção das fontes de renda que sustentam as 350 famílias residentes. |
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#Rede de Notícias Movimentos populares e comunidades tradicionais no combate ao Covid-19 |
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forumdoc.bh.2020
#1. Live com Patrícia Ferreira Pará Yxapy |
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O forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte – promove, na próxima sexta, dia 19 de junho, uma conversa ao vivo com Patrícia Ferreira Pará Yxapy, artista visual e cineasta mbyá-guarani, que realizou, entre outros filmes, o premiado "Bicicletas de Nnhaderu" (2011). Junto às Mestras Mbyá-Guarani, Elsa Benites e Ângela Ramires, Patrícia iniciaria uma disciplina em nosso Programa, atividade que foi suspensa pela quarentena. O debate com Pará Yxapy será mediado pela artista-ativista, montadora e pesquisadora Ana Carvalho.
Bicicletas de Nhanderu pode ser assistido no site do Video nas Aldeias: |
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O trabalho mais recente de Patrícia Ferreira Pará Yxapy, Nhemongueta Kunhã Mbaraete é uma série de 16 vídeo-cartas trocadas entre ela, Michele Kaiowá, Graciela Guarani e Sophia Pinheiro, a partir de inquietações no ápice da pandemia mundial. Disponível no site do IMS. |
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Uyra Sodoma - Série Brigada Ninja Amazônia
#2. “Chega de transformar a violência em paisagem.” |
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Uýra Sodoma, personagem queer criado por Emerson Munduruku, realiza, junto a comunidades ribeirinhas, performances críticas à política ambiental do governo na Amazônia. “O igarapé tem muita memória. Se pudesse, ele falaria por si, falaria da forma como a gente conhece. Uýra, eu acho que é uma mensageira desse igarapé.” |
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Ana Pi
Como sair dos escombros?
“Por onde que a gente vai começar? Quais palavras a gente vai usar nessa conversa? Porque a gente tá preso nesse quadrado, nesses quadrados... Como é que a gente explode a imagem? Ou implode? Como que a gente se reposiciona pra saída desses escombros?” |
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Assim inicia-se o belíssimo trabalho audiovisual de Ana Pi, recém-lançado, em que artista performa situações diversas em meio ao distanciamento social, buscando estabelecer uma conversa que nos leve a um lugar de mais saúde. Disponível no site do IMS.
A vídeo-performance faz parte do Programa Convida do IMS, em que 60 artistas desenvolvem trabalhos durante a quarentena. |
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#Cantos dos Saberes Tradicionais |
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"A garça voou, foi-se embora e me deixou"
Mestre Bengala |
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Comunidade Quilombola dos Arturos, Contagem, MG
Mestre Bengala esteve conosco ensinando cantos, rezas, danças e costumes da Comunidade dos Arturos, na disciplina: "Artes e ofícios dos Saberes Tradicionais: Danças, cantos, toques e instrumentos tradicionais", 2018. |
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